28.12.10

Nosso tempo

O que somos nós senão o sol que brinca nas ondas, que bate nas pedras, que se desfaz e se assenta na praia, e é levada pelo vento? Pra onde fomos então? Onde estamos senão em nós? Se nos encontramos na mesma praia ou em algum outro lugar, mas ao mesmo tempo se o mundo, o universo, e os deuses perceberam quando nossos olhares se encontraram, então como fugir? Como se esconder? Se nos descobrimos e nos escondemos em nossos peitos, como separar a unidade? E ainda assim, como podemos evitar nos separar se o vento continua nos levando? Mas se nos (re)encontramos, então talvez o vento, a praia, as ondas e o sol assim o queiram. E assim será porque antes que vento, sol, mar e praia tenham querido assim quisemos nós

18.12.10

Minuano

Day comes slowly - absorbing the darknesses softly.
Night leaves gently - her beauty is spent, and she rises.
I step into the lightness - I hear you.
You're calling me out of my sadness.
Your flowering wonders are calling me home.

Darkness lingers - but always surrenders to loving.
Darkest midnight - is swallowed in oceans of laughter.
I follow into lightness - I hear you.
You're calling me out of my sadness.
Your flowering wonders are calling me home.

Dancing along a dawn that leads to you -
Singing a song that blossoms in a fugue as morning settles on
Dreaming into a sky of brilliant blue -
Noticing clouds are whispering that you will dance with me very soon

Already been as high as Kathmandu -
`Willing to go as far as Timbuktu
Nowhere's too far away - I may catch up with you today -
maybe today will finally be the day

Flying along a dawn that leads to you -
Singing a song that makes itself anew - a music magic wand
Reaching into a sky of brilliant blue -
eagles are calling out to say the you will dance me very soon

Already been as high as Kathmandu -
Willing to go as far a Timbuktu
Nowhere's too far away - I may catch up with you today -
maybe today we'll make our getaway!
Like light from the stars made ten thousand years ago - comes love, like a gift of sight
Growing stronger every moment on the way home
(Kurt Elling)

12.12.10

Acordormindo

O lento acordar se dissipa quando a casa se enche de música e o cheiro do café. Ainda dormindo você se mexe, muda de posição tentando permanecer no perene sono que te abraça, acolhe, serena. Saio do quarto e boto minha cara pra fora da janela onde os pássaros fazem a algazarra de sempre subindo, descendo, voando, brigando, mas ainda assim enfeitando a moldura do quadro que se pinta do lado de fora.
Saio pela rua flutuando no caminho que me leva até seus sonhos, corro até chegar a seus braços, me afogo no oceano dos seus carinhos, sonho seus sonhos, fico bêbado da sua risada. Mergulho, fujo, volto à tona, retorno, te vejo e mesmo longe, volto pra te encontrar.
Preguiçosa, você acorda ao som da música. Seus braços me apertam enquanto lavo a louça da nossa farra de ontem. Seu beijo no meu pescoço me arrepia, me viro, te abraço de volta. Ficamos ali abraçados na cozinha, dançamos sem sair do lugar ao som que nos preenche, nossos olhos se encontram, se cumprimentam e tristemente se despedem mesmo sabendo que o amanhã é nosso, que podemos tudo, que nos queremos, nos amamos.
Te acompanhar até seu carro sempre foi doloroso. De uma certa forma, é como se eu nunca mais fosse te ver. Seu aceno pela janela me corta o coração. Viro as costas e volto para onde a música me preenche de novo. Nosso lugar. Deito e sonho acordado com o dia em que não teremos mais que nos despedir, onde não há separação seja de corpos ou de almas, onde seremos quem somos, quem queremos ser, quem devemos ser.

26.11.10

Embala Eu

Embala eu, embala eu
Menininha do Gantois
Embala pra lá, embala pra cá
Menininha do Gantois

Oh, dá-me a sua benção
Menininha do Gantois
Livrai-me dos inimigos
Menininha do Gantois

Dá-me a sua proteção
Menininha do Gantois
Guiai os meus passos por onde eu caminhar
Vira os olhos grandes de cima de mim
Pras ondas do mar

9.11.10

O verdadeiro amor não traz consigo sofrimento, egoísmo, ciúmes ou orgulho. Amar é dar o melhor de si pela pessoa amada, sem necessidade de propriedade ou retribuições. Quem ama confia, respeita e perdoa.

Barbosa Filho

7.11.10

Pros erros há perdão, pros fracassos chance, pros amores impossíveis tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando, que sonhando; fazendo, que planejando; vivendo que esperando. Porque embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive, já morreu.

Veríssimo

1.11.10

Loucuras

De todas as pessoas que amam e cometem loucuras, eu cometo a loucura de respeitar a vontade de outro...

31.10.10

What if...

What if after all of my ego was destroyed... All that is left is love...?

15.10.10

Espumas ao Vento

Sei que ai dentro ainda mora um pedacinho de mim
Um grande amor não se acaba assim
Feito espumas ao vento

Não é coisa de momento, raiva passageira
Mania que dá e passa, feito brincadeira
O amor deixa marcas que não dá pra apagar

Sei que errei tô aqui pra te pedir perdão
Cabeça doida, coração na mão
Desejo pegando fogo

Sem saber direito a hora nem o que fazer
Eu não encontro uma palavra só para te dizer
Mas se eu fosse você eu voltava pra mim de novo

E de uma coisa fique certa, amor
A porta vai estar sempre aberta, amor
O meu olhar vai dar uma festa, amor
Na hora que você chegar

14.10.10

There's a Lull in My Life

Oh, there's a lull in my life
It's just a void, an empty space
When you are not in my embrace

Oh, there's a lull in my life
The moment that you go away
There is no night, there is no day

The clock stops ticking
The world stops turning
Everything stops
But that flame in my heart
That keeps burning, burning

Oh, there's a lull in my life
No matter how I may pretend
I know that you alone can end
The ache in my heart
The call of my arms
The lull in my life

The clock stops its ticking
The world stops its turning
Everything stops
But that flame in my heart
That keeps burning, burning

Oh, there's a lull in my life
No matter how I may pretend
I know that you alone can end
The ache in my heart
The call of my arms
The lull in my life

7.10.10

Ainda Mais

Foi como tudo na vida que o tempo desfaz
Quando menos se quer
Uma desilusão assim
Faz a gente perder a fé
E ninguém é feliz, viu
Se o amor não lhe quer
Mas enfim, como posso fingir
E pensar em você como um caso qualquer
Se entre nós tudo terminou
Eu ainda não sei mulher
E por mim não irei renunciar
Antes de ver o que eu não vi em seu olhar
Antes que a derradeira chama que ficou
Não queira mais queimar

Vai, que toda verdade de um amor
O tempo traz
Quem sabe um dia você volta para mim
E amando ainda mais

(Paulinho da Viola)

5.10.10

Respostas. Respostas?

Cada beijo de amor trocado vira luz ou flor? Ou ambos? Projetos de futuro viram passado? Às vezes estão tão presentes ainda que perduram num espaço para o qual não há tempo verbal. Seriam as lágrimas de saudade vertidas a umidade que rega a flor do beijo que foi antes trocado? O sexo que não foi feito seria aquela nuvem que cobre o luar que eu queria tanto ver? Esse vazio no peito seriam os planos feitos a dois não concretizados ou esses planos são apenas essa falta de vontade de ir a algum lugar? Como me achar nesta argamassa que fizemos dos nossos dois sentires? Onde me buscar se virei dois? Tudo que foi vivido mudou-se para uma ilha distante, inalcançável ou está dentro de mim e de você e só é visível juntando as nossas duas coordenadas? Se eu tivesse feito projetos eles seriam os mesmo que os seus ou será que os meus seriam formulados em uma língua estrangeira e ignata?

Cais

Para quem quer se soltar invento o cais
Invento mais que a solidão me dá
Invento lua nova a clarear
Invento o amor e sei a dor de me lançar
Eu queria ser feliz
Invento o mar
Invento em mim o sonhador
Para quem quer me seguir eu quero mais
Tenho o caminho do que sempre quis
E um saveiro pronto pra partir
Invento o cais
E sei a vez de me lançar

1.7.10

A Ilha

Pra onde vão os planos que você queria fazer? Pra onde vão os planos que nunca fizemos? E os planos que fizemos? Onde ficam? Onde ficam os nossos carinhos? Nossas noites, nosso toque, nosso sexo? Pra onde vão as coisas quando tudo se acaba? Onde é que se armazena as lágrimas que me salgam a boca, caem no chão ou se evaporam quando o dia vem raiando? Há uma sessão em que possa guardar? Onde fica a ilha imaginária onde escondemos nossas frustrações, nossas tristezas, nosso fim de mundo? Onde escondo minha incapacidade de te fazer feliz?
Falávamos de filhos, apartamentos. Nossas vidas, sua vida, minha vida. Onde foi que nos misturamos tanto a ponto de chegar onde chegamos?
Acho que qualquer relacionamento, no fundo, no fundo, acaba se relacionando a grana. Minha incapacidade de projetar, de fazer planos acabou por te afastar de mim. Eu sinto muito por isso. Queria ter sido uma pessoa em que você pudesse confiar a ponto de acreditar que o que eu estou passando é só uma fase.
Sei que você sente falta de tanta coisa em mim. Sei que você sente falta do meu calor, do meu carinho, da minha atenção, da minha risada e da forma que eu te fazia rir.
Um dia, quero nadar até essa tal ilha e revisitar tudo o que ainda está aqui em casa. Quero sentir seu cheiro de novo. Seu abraço, meus braços em você, nosso beijo.

10.6.10

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