24.3.12

Infatuation


Prefiro seu olhar ao cheiro do café ou ao barulho da chuva. Prefiro meu olhar no seu, seu olhar no meu. Prefiro te ver a ter que fazer qualquer outra coisa se o mundo acaba quando você senta no meu colo, me olha, me beija e ri da minha cara amarrotada.
Adoro nosso silêncio quando paramos pra escutar os pássaros. Nosso silêncio quando escutamos a chuva, nossa cumplicidade.
Rio quando você esconde seu rosto no meu braço com um misto de medo e admiração dos raios e trovões. E me olha, sorri e acende o cigarro.
Encostada em mim, você dorme suave. Me pego perdido pensando que não seio que sinto e chego à inevitável conclusão que penso demais.

21.3.12

Encontro


Então os dois pararam naquela pequena rua. A vontade das mãos que se procuravam. Os olhos perdidos na imensidão dos olhares que se buscavam. A eletricidade dos corpos que se queriam tanto. A chuva que mais trazia a vontade do abraço. Os lábios calados. Os olhares que se encontraram. O receio. O tremor. O carinho. O polegar que de leve passou pela bochecha. Os olhos fechados, o gostar, quer. O toque dos lábios na pele, as mãos no rosto, os lábios nos lábios. O cheiro, o gosto. Mais uma vez os olhos se encontraram e agora as mãos se deram, os dedos se entrelaçaram, os braços envolviam o corpo, as respirações descompassaram. Se apertavam, se desejavam, se queriam, se sentiam. De que importa a chuva, o frio, a rua deserta?

Se encontraram. 

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