25.9.03

Andava pela rua distraidamente. Quase absorto em profundos pensamentos, reduzia cada vez mais o ritmo de sua caminhada. Parou, olhou para os lados e recostou-se á uma parede, em baixo de uma grande e velha marquise, onde podia observar a multidão que passava. Flagrou-se observando cada vez mais profundamente cada indivíduo e não pode deixar de notar como as pessoas eram tão diferentes e estranhamente tão parecidas.
Médicos, advogados, engenheiros, secretárias, mascates, palhaços, malabaristas, pedintes... tão “indivíduos” e tão... homogêneos. Todos parte de uma grande engrenagem.
Sentiu-se sufocado, preso. Afrouxou a gravata e desabotoou o colarinho numa tentativa vã de respirar. Livrou-se da alça da pasta que cruzava seu peito. Nunca aquela pasta lhe pareceu tão pesada.
- Por que carrego tanta coisa? – Pensou quase falando baixo. Ao colocar a pasta no chão alguma coisa mudou. Começou a rir uma risada contida que aos poucos foi crescendo. Pensava no quão ridículo era aquilo mas não conseguia parar de rir.
Agora gargalhava insanamente. Lágrimas escorriam de seus olhos e sua barriga doía loucamente mas simplesmente não conseguia parar de rir. Não sabia exatamente o que achava tão engraçado. Simplesmente deu vontade de rir.
Os transeuntes se aglomeravam para ver a cena pitoresca.
- Recebeu o salário! – Diziam alguns.
- E viu que não vai dar pra nada! – Completou um engraçadinho de plantão.
Aquele comentário foi demais. Explodiu numa gargalhada descontrolada, ele agora deitava no chão da calçada de uma avenida extremamente movimentada, segurando a barriga e cada vez mais lágrimas escorriam de seus olhos. Com muito esforço consegui se sentar com as costas encostadas á parede e os joelhos arqueados onde apoiou a cabeça tentando recuperar o controle. Respirou fundo, e murmurou um “ai, meu pai.” Enquanto enxugava as lágrimas com a gravata. Respirou fundo e acreditava estar pronto. Olhou em volta e não pode conter a risada que veio como uma onda. Não. Como um maremoto. Definitivamente não conseguia se controlar.
Sentiu uma picada no pescoço e sentiu como se estivesse olhando por um caleidoscópio. Em poucos segundos o mundo pareceu se transformar num grande borrão.
Acordou num susto e depois de algum tempo, percebeu que estava em sua cama. O despertador buzinava incessantemente há meia hora. Desligou-o e dirigiu-se ao espelho do banheiro.
Sentia-se bem. A não ser pela sensação de ressaca e uma estranha picada de mosquito no pescoço.
- Tenho que dar um jeito nesses mosquitos.

23.9.03

Não me aguentei de tanto rir ouvindo essa história ontem!!

Diz a lenda que o Freddie Mercury, na época do Rock in Rio, solicitou à organização do evento, um segurança que fosse alto, forte e que falasse inglês. Mas que se o segurança fosse muito alto e muito forte, o inglês era dispensável!

Ah! Quarta-feria vai ter a continuação de algum dos mini-contos. Ainda não escolhi qual deles e estou aberto à sugestões!

22.9.03

EDIÇÃO EXTRAORDINÁRIA

1500 visitas desde o dia 27 de Junho quando inaugurei esse blog que vos fala!
- Mas só? Tem gente aí que tem isso de visitas diárias!
É. Tem mesmo. Mas como eu nunca quis ser estrela do mundo blogueiro, pra mim tá muito é bom!

Voltamos com a programação normal lá pelas nove da noite quando eu vou postar um treco novo!

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