6.7.05

Prisão

Fui conduzido por corredores estreitos cercados de guardas. Ainda estava algemado. Me despedia de alguns conhecidos que me desejavam sorte por trás das grades de suas celas, mas na maior parte do caminho, olhava para o chão. O velho piso de cimento empoeirado não ia deixar saudades. Sentia que me faria uma grande falta a rachadura em forma de cachorro na parede cheia de infiltrações da minha cela com quem eu conversava e contava segredos.Eu e os guardas chegamos ao portão principal por onde eu entrara muitos anos atrás. A luz do dia violava minhas retinas. Minha vida recomeçava ali.

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