7.5.04

Dersú Usalá (atendento ao carinhosíssimo pedido de uma leitora, e porque não, amiga)

Uma vez eu comentei aqui que eu queria ser Akira Kurosawa. Acabei de descobrir que queria ser uma mistura do Kurosawa com Andrei Tarkowski. Mas isso não vem ao caso, pois estamos aqui para falar de Dersú Usalá, que é do Kurosawa.
O filme é uma produção russo-nipônica de 1975 que, não por acaso, ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro em 1976. Vale ressaltar que o filme veio logo após uma fase de depressão de Kurosawa (dizem que por causa do fracasso no Japão de seu filme anterior – Dodesukaden – de 1970) que resultou numa tentativa de suicídio frustrada.
O filme conta a história (real, diga-se de passagem) da amizade do Capitão Vladmir Arseniev (Yuri Solomin), líder de uma expedição enviada à fronteira da Sibéria com a China a fim de realizar um levantamento topográfico da região, e Dersú Usalá (Maksim Munsuk), um caçador que vive da e na floresta daquela região.
Dito assim, o filme pode parecer desinteressante. Mas lembrem-se: é um Kurosawa! E como um bom Kurosawa, o filme apresenta movimentos sutis de câmera, longos planos, fotografia primorosa, profundidade de personagens e, conseqüentemente, das relações entre eles.
É interessante ver como o escárnio e a descrença da tropa em Dersú, se transforma em respeito e admiração pela simplicidade e conhecimento que carrega o pequenino velho de pernas arqueadas, olhar vivo e fala apressada.
Dersú Usalá é pura poesia em movimento. A integração do homem com a natureza e a amizade entre os dois protagonistas é retratada de forma magistral por aquele que este velho e alquebrado escriba, considera um dos cinco grandes diretores da história do cinema mundial.
Em uma nota mais intimista, gosto de acreditar que Kurosawa dirigiu e escreveu um filme tão tocante e tão bonito depois de ter descoberto (ou re-descoberto) a vida. Acho que a partir do momento que se viu vivo, escreveu uma história de aproximação dos homens. Não a aproximação que hoje chamamos de “globalização”. Mas a aproximação de uma pessoa da outra. Sem máscaras, nem fingimentos. Somente o respeito e admiração pelo próximo.

4.5.04

Fotas

Pra quem não viu as fotas publicadas aqui, clica aqui e vê lá!


Retiro

Meu tempo às vezes se perde
Em coisas que não desejo
Mas não repare esse lado
Pois meu amor é o mesmo
Nos momentos de carinho
Eu me desligo de tudo
Nos braços de quem se ama
É fácil esquecer o mudo

Às vezes eu me retiro
E nada me faz sentido
Só há um canto na vida
Aonde eu me refugio
Afasta as sombras que eu vejo
Nos teus olhos tão aflitos
Você conhece minh’alma
E quando quer me visita

(Paulinho da Viola)

2.5.04

Cara nova

Gente boa,

Acabei de voltar da Maromba e vou publicar fotinhas mais tarde!

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