21.4.07

Ainda te quero, ainda te amo

E mais uma vez me deparo contigo, folha em branco.
O que era tão fácil agora me parece tão difícil. Mesmo agora que sei e reconheço estar só. Escolha, eu sei.
Talvez seja a noite que trás os fantasmas que rondam minha cama. Talvez os fantasmas me rondem o tempo todo e eu só perceba sua presença quando é noite.
Eu deveria te procurar, mas tenho muito medo da sua rejeição. Não creio que você vá me receber de braços abertos depois do que fiz. Talvez eu tenha tanto medo da sua rejeição que não me arrisque a saber se você ainda me quer ou não. Talvez eu carregue para sempre o benefício (?) da dúvida. Ou quem sabe eu te ligue numa dessas noites? Só pra escutar sua voz. Como eu fiz outro dia e você não sabe e nem percebeu.
Acho que o que me faz não te procurar é a vergonha. Vergonha de ter feito o que eu fiz.
Como explicar o inexplicável? Como dizer de forma compreensível que, olhando para trás, eu me achava possuído por um espírito ruim ou qualquer coisa assim? A não ser que você acredite que aquele fosse eu. Se sim, não há mais esperanças. Esperanças que eu fiz questão de matar friamente.
Me pego pensando em você e achando que pensando com muita força, o telefone vai tocar e vou ouvir a suavidade da sua voz dizendo que me ama.
De qualquer modo, quero que você saiba que sua motivação me fez uma pessoa melhor. Sou conhecido no meu ambiente de trabalho e as pessoas gostam de mim porque você me fez ver quem eu sou.
Acho, francamente, que você nunca voltaria pra mim pelo simples fato de eu ter tido outra mulher. Acho que isso seria um entrave na nossa vida.
Acho que ainda não te procurei porque acho muita coisa.
A verdade é a seguinte: achei que pudesse te esquecer nos braços de outra mulher, mas isso não é verdade e nunca foi. Achei que já tinha te esquecido. Achei que não te amava mais. E no meio de todos os meus “achismos”, descobri que ainda te amo. E descobri que a gente não deu certo por causa dos meus medos. Sempre tive muito medo de te perder. Tenho medo de ser quem eu posso ser.
Te liguei e uma outra pessoa atendeu. Não sei se não sei seu número ou se você mudou. Toda a coragem que eu tinha juntado foi em vão. Que meus sentimentos fiquem registrados. Quem sabe você ainda Lê o que eu escrevo...

18.4.07

Sempre

Sempre
Eu te contemplava sempre
Feito um gato aos pés da dona
Mesmo em sonho estive atento
Para poder lembrar-te sempre
Como olhando o firmamento
Vejo estrelas que já foram
Noite afora para sempre

O teu corpo em movimento
Os teus lábios em flagrante
O teu riso,o teu silêncio
Serão meus ainda e sempre

Dura a vida alguns instantes
Porém mais do que bastantes
Quando cada instante é sempre

(Chico Buarque, sempre ele)

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