7.10.10

Ainda Mais

Foi como tudo na vida que o tempo desfaz
Quando menos se quer
Uma desilusão assim
Faz a gente perder a fé
E ninguém é feliz, viu
Se o amor não lhe quer
Mas enfim, como posso fingir
E pensar em você como um caso qualquer
Se entre nós tudo terminou
Eu ainda não sei mulher
E por mim não irei renunciar
Antes de ver o que eu não vi em seu olhar
Antes que a derradeira chama que ficou
Não queira mais queimar

Vai, que toda verdade de um amor
O tempo traz
Quem sabe um dia você volta para mim
E amando ainda mais

(Paulinho da Viola)

5.10.10

Respostas. Respostas?

Cada beijo de amor trocado vira luz ou flor? Ou ambos? Projetos de futuro viram passado? Às vezes estão tão presentes ainda que perduram num espaço para o qual não há tempo verbal. Seriam as lágrimas de saudade vertidas a umidade que rega a flor do beijo que foi antes trocado? O sexo que não foi feito seria aquela nuvem que cobre o luar que eu queria tanto ver? Esse vazio no peito seriam os planos feitos a dois não concretizados ou esses planos são apenas essa falta de vontade de ir a algum lugar? Como me achar nesta argamassa que fizemos dos nossos dois sentires? Onde me buscar se virei dois? Tudo que foi vivido mudou-se para uma ilha distante, inalcançável ou está dentro de mim e de você e só é visível juntando as nossas duas coordenadas? Se eu tivesse feito projetos eles seriam os mesmo que os seus ou será que os meus seriam formulados em uma língua estrangeira e ignata?

Cais

Para quem quer se soltar invento o cais
Invento mais que a solidão me dá
Invento lua nova a clarear
Invento o amor e sei a dor de me lançar
Eu queria ser feliz
Invento o mar
Invento em mim o sonhador
Para quem quer me seguir eu quero mais
Tenho o caminho do que sempre quis
E um saveiro pronto pra partir
Invento o cais
E sei a vez de me lançar

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