6.1.08

A Espera

Fui trabalhar no dia seguinte com a sensação de que tinha feito tudo, tudo certinho. Tinha te tocado do jeito certo, tinha de beijado como você gosta, tinha dito palavras doces. O dia se arrastava e eu esperava que você me ligasse de volta ou respondesse minha mensagem, mas a espera foi em vão.
Não sabia muito bem o que esperar de um outro dia. Não sei se realmente queria que você aparecesse. Não sei se tenho andado muito solitário e vulnerável. Na verdade, esperava que você fosse transparente como fui exigido. Talvez eu esperasse que alguma coisa fosse dita nem que fosse “sai da minha vida”.
Deitado na minha cama, me dividia entre olhar para a televisão e assistir a chuva que caia lá fora. Minha cabeça se perdia em meio a pensamentos diversos de ontem, hoje e amanhã. Abracei um dos mil travesseiros que me rodeavam e um pensamento me atingiu como uma flecha fazendo com que os outros voassem: tenho estado sozinho. Mas não há tristeza em minha solidão. Muito pelo contrário.
Sentado na beirada da cama, meus pés tocam o chão frio. Acendo um cigarro e espero.

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