11.8.03

Descobri que eu sou uma adolescente pró-romântica-melosa-babona-cor-de-rosa, daquelas que desenham coração em porta de banheiro público, porque algo de errado eu tenho de fazer. E com flecha, nome Fulana e Beltrano, essas coisas bregas e piegas e maravilhosas que nos assolam em certos momentos da vida.

Então, eu escrevo litros de textos que se forem torcidos, derramam melado, ou algo tão doce quanto, e tenho medo disso tudo enjoar. Descobri que esse medo é até sadio, e que não pode me travar a escrita, porque "afinal, escrever não é romancear os sentimentos"? É, amigo. É muito mais que isso, eu acho.

E talvez eu tenha descoberto que colcoar em linhas meio tortas e bambas o que se sente - isso sim, seguro e confiante - é de certa maneira uma forma de abrir mais uma porta para o outro entrar e sentar-se mais perto daquilo que vc possui de mais precioso no peito e não, eu não falo de mamilos, falo de algo maior e tão sensível quanto, porém não ao toque. Ao olhar. Ao dizer baixo no ouvido o quanto te ama.

É, tá vendo aí? Eu tô um saco. Porque eu só tenho pensado nisso, mesmo com os quilos prensados de problemas que eu tenho a resolver todo santo dia, e mesmo tendo que me concentrar em outros assuntos. Droga de vida. Maravilhosa vida.

Por favor... me dá um tapão nessa cabeça oca pra ver se o saquinho de lágrimas que fica dentro de mim estoura de vez e seca? Porque não é possível que eu produza tantas assim.

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